A boa menina virou mulher inquieta e por ser dona de si, não espera ser de mais ninguém
Foto: Pexel @neosiam2020 |
Somos maiores que uma data firmada e podemos mais do que já conseguimos. Em nós ecoa a resistência que incomoda o grito másculo de quem por anos tentou nos calar. A liberdade nunca nos foi dada, por isso partimos para a conquista sem esperar permissão. A boa menina virou mulher inquieta e por ser dona de si, não espera ser de mais ninguém. Somos inteiras e não precisamos de outra parte. Não venha como se suas mãos tivessem direitos sobre nosso corpo, ele não é nada seu, então não se comporte como dono. Andar segurando minha mão nunca te fará possuidor de mim ou controlador do meu caminho.
Nossa vida não é prova à espera de aprovação. Usamos porque queremos e somos porque respeitamos a nossa própria vontade de ser. Nosso português não é diferente do seu, ou seja, não veja nosso NÃO como sendo um talvez ou um sim disfarçado de charme. Não somos ditado à espera da próxima ordem, podemos decidir por conta própria e seguir nossa opinião. Enquanto exigimos respeito e igualdade, continuamos lutando e caminhando, já que nunca conseguimos nada rápido nem recebemos nada fácil. Sabemos que podemos tanto quanto tudo e parar nunca será uma opção.
O dia 8 de março pode ser o dia das mulheres, mas 24 horas não é o bastante para termos voz, espaço, atenção, respeito e notoriedade. Em cada novo dia precisamos ocupar nossas posições e saborear os direitos que por tanto tempo só os homens experimentam. Enquanto homens e mulheres não forem tratados iguais, seguimos sem medo de corrigir o erro. Estamos prontas porque estamos juntas.
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